Olá,<br><br>Nunca fui de repassar e-mails, correntes, etc, mas hoje deu vontade.<br>Fiz
este e-mail e envio agora para todos da minha lista de contatos (muitos
nem sei porque estão nela). Não quero saber o que vão pensar.<br>
Se não quer ler, simplesmente apague, não perca o seu tempo e me desculpe se incomodei.<br><br>Há muito já venho não suportando mais no estado em que o Rio se encontra.<br>Favelas, roubos, assaltos na porta da minha casa, desordem.
<br>Polícia corrupta, políticos corruptos.<br>Sei que não nasci nos anos áureos da cidade, mas agora está demais. Até quando temos que aceitar isso?<br>Já tentei me comunicar com o prefeito Cesár Maia, com a vereadora Leila do Flamengo, mas de que adianta? Nada...
<br><br>Acho que está crítica do Arnaldo Jabor retrata bem a minha indignação. Pode ser ouvida em <a href="http://download3.globo.com/sgr-mp3/cbn/2008/colunas/jabor_080124.mp3" target="_blank">http://download3.globo.com/sgr-mp3/cbn/2008/colunas/jabor_080124.mp3
</a> e está escrita abaixo por comodidade.<br><br><b>Arnaldo Jabour - 24 de janeiro de 2008</b><br>"O Brasil tem muitos dramas e tragédias, sabemos.<br>Mas algumas desgraças ficaram meio abstratas, despercebidas, quase irreais
<br>e a população não sabe como se posicionar diante delas.<br>A seca do Nordeste, os bois mortos, a violência do tráfico, a miséria, em suma,<br>são tragédias conhecidas, quase tradicionais no país, a gente tem opiniões sobre elas, chora por elas.
<br>Mas no Rio de Janeiro, está se passando uma desgraça sem nome, muito além da violência de que se fala tanto.<br>É a violência do absoluto descaso burocrático e administrativo da prefeitura do Rio de Janeiro.<br>Eu
viajei um mês, fiquei mais de dois meses sem vir ao Rio e cheguei e vi
o absurdo em que está se tornando essa cidade. Eu estou aqui no Rio.
<br>A população não sabe bem o que fazer, pois não há defesas
previstas contra um prefeito que talvez tenha ficado louco e ninguém
pode fazer nada.<br>Surgiu por ai um movimento carioca ainda trêmulo,
de pessoas se recusarem a pagar IPTU ou coisas assim, mas ninguém sabe
bem como impedir que um prefeito tenha simplesmente desistido de
administrar a cidade mais bela do país.
<br>Que aliás, começou a ser destruída quando os militares acabaram
com o Estado da Guanabara e tivemos que importar todos os defeitos,
todas as mazelas, todos os ladrões que vieram do Estado do Rio de
Janeiro para cá.<br>
Agora, depois de décadas de populismo, chagas, brizolas, garotinhos e
rosinhas, temos um prefeito no Rio de Janeiro que passa o dia inteiro
fazendo blog na internet e gozando, rindo da cara, rindo da ira da
população carioca.
<br>Para um carioca com o olho vivo com eu, que mora em São Paulo, as
coisas ficam mais óbvias, ficam mais claras, chegam a doer nos olhos
quando eu venho aqui. Não se vê um guarda nas ruas.<br>A informalidade,
que vai de vans ao mercado persa que tomou conta da cidade, as pessoas
são assaltadas em série, quase numa boa, sem nada a fazer, são assaltos
quase aceitos como normalidade.
<br>As favelas estão subindo no morro dos Dois Irmãos, no Jardim Botânico, nos parques.<br>O Parque da Cidade virou um estacionamento de bandidos. As balas perdidas assoviam como passarinhos, pardais e cigarras.<br>Senhores, quem vai ser o próximo prefeito? Ninguém vai se candidatar?
<br>Depois que esse "blogueiro" sair, quem se candidata?<br>O grau de desordem do Rio de Janeiro está chegando a tal ponto que talvez depois não haja volta. Quem será o novo prefeito?<br>Talvez precisemos de uma junta, de uma intervenção federal, de alguma coisa radical.
<br>Senhores, o Rio de Janeiro está entregue aos cachorros!"<br>--<br><br>O que vamos fazer? Há o que fazer?<br><br>Obrigado,<br>Luiz